domingo, 5 de junho de 2011

Leve

Estava frio aquela noite. O céu parecia querer derramam suas estrelas sobre a cidade de São Paulo. O frio percorria tudo e todos, mas naquela noite ninguém se importava com isso. No metrô esperando seus amigos chegarem Eduardo sentia a adrenalina de querer extravasar na noite. Os amigos, que eram dois, não demoraram muito e chegaram no horário marcado. Foram os três: Eduardo, Felipe e Diogo para uma boate GLS. A Boate estava vazia, mas o calor das poucas pessoas que ali estavam, aqueceram os três. Passaram se os minutos e as horas como segundos, a casa noturna encheu em pouco tempo e os três amigos já estavam familiarizados com o ambiente. Tomaram os primeiros drinks, alguma coisa com o nome engraçado de 'Balão Mágico' que continha rum, leite condensado e vodka e umas caipirinhas de limão com o bom e antigo ' velho barreiro'. Altos e alegres os três foram para pista de música eletrônica e dançaram desajeitados sem se importarem se havia forma correta de dançar aquelas batidas rápidas e psicodélicas. Eduardo dançava como se sentisse que o mundo fosse explodir depois da próxima música, não se importava com a grande quantidade que se formou na pista e nem com os esbarrões que levou, estava se divertindo como se fosse a última vez. A madrugada foi chegando sútil para os garotos e garotas que estavam em comunhão naquela noite. Todos bebiam, dançavam e beijavam. Eduardo decidiu sair do seu colapso e começou analisar todos que estavam no mesmo ambiente. Viu alguns garotos olhando-o de forma provocativa e olhou para outros com a esperança de beijar algum. Demorou um pouco para ser correspondido, mas não foi em vão: rapaz alto, camiseta regata, sorriso lindo, boné e alargador, aproximou-se sorrateiro de Eduardo e segurou a mão: o primeiro beijo da noite. Não houve outro com o rapaz de boné, porém, gravou cada segundo do beijo que levou a lua e saiu para 'caçar'. A casa está cheia, casais de namorados, pessoas avulsas, pessoas se entrelaçando, pessoas caídas e alguns em transe. A pista de baixo estava aberta, decidiu ir até lá e curti as músicas retrôs que tanto adorava. Clima anos 80, pessoas dançando e cantando, e mais garotos bonitos. Logo percebeu sendo observado e gostou: rapaz baixo, moreno, cabelo curto, lábios grandes: chegou dançando no ritmo de 'Like A Virgin' da madonna, envolveu seu corpo na frente do garoto e dançando até o chão o beijou. E o beijou durou algumas músicas...Se perdendo do segundo rapaz e voltando junto de seus dois amigos, Eduardo estava satisfeito com suas conquista e pretendia terminar a noite apenas dançando. Entretanto, mas um garoto o chamou a atenção: loiro, cara de surfistinha, sorriso inocente, olhos verdes, um verdadeiro príncipe: o beijou com sua alma e considerou o melhor beijo da noite. Passaram as horas, Eduardo tentou mais alguns garotos e acabou não conseguindo, porém, esperando a fila para pagar sua despesa, encontrou com um amigo do trabalho juntamente com um acompanhante. Conversa vai e vem, o acompanhante de seu colega de trabalho, faz implicidamente menção de querer beijar Eduardo; Eduardo mesmo alterado pelas tantas bebidas percebeu e atirou-se no seu novo 'colega'. Amanheceu o dia, Eduardo com seu novo ficante mais os três amigos decidiram ir embora, mas seu caminho foi mudado pelo rapaz, que o levou para casa. Chegando lá, fizeram o que tinha que ser feito e dormiram. Eduardo acordou com uma puta dor de cabeça, não sabia exatamente o que havia acontecido, se lembrava de flashs da noite passada e do que havia ocorrido dentro daquele quarto. Vestiu-se e por pura falta de pudor, saiu da casa do rapaz sem o acordar e ganhou novamente a rua. Olhou para o céu e percebeu que agora o mesmo desejava derramam o sol sobre São Paulo. Sorriu para si mesmo e todas as sua magoas que a tempo vinha carregando foi deixava na pista de dança. Acendeu um cigarro, deu uma tragada e sentiu-se leve.

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