sábado, 30 de abril de 2011

Passion deliberative

Hey girl you see me here in the corner
Do not feel sorry for me?
Why was it necessary that kiss?
If you feel bumps on my arms, and now leave me!

Hey girl, you hurt me with that expression.
So unexpected was our romance
And now I'm here in the corner without you.
I am alone in the freezing night without stars.

I looked inside me, the answer
Your happiness.
I tried to give you the world and ended up losing.

Hey girl, I was so sad
When I saw that guy.
The world opened up to my feet
And without the will to live I played.

Hey girl, have not forgotten your look
Passionate.
The black hole swallowed me, but not
So I forgot the intensity
of our kisses.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"e mesmo assim dormimos

Sonhamos com o amanhã e o amanhã não vem
Sonhamos com a glória que não desejamos
Sonhamos com um novo dia, quando este já chegou
E fugimos da batalha, uma que deve ser enfrentada

Mesmo assim dormimos

Ouvimos a chamada, mas não escutamos
Esperamos pelo futuro, quando não passa de planos.
Sonhamos com a sabedoria da qual fugimos diariamente
Oramos por um salvador quando a salvação esta nas nossas mãos

mesmo assim dormimos,
mesmo assim sonhamos,
mesmo assim tememos,
mesmo assim oramos,
mesmo assim dormimos.

filme: A Sociedade dos Poetas Mortas

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Requiem de uma ausência

Então o que restou foi a ausência. A ausência do que poderíamos ter sido se tivéssemos nos permitido ser quem somos realmente. Nossas caricaturas frias mataram um amor que criamos para suprir uma necessidade de não sentir solidão. O que poderíamos fazer sobre nós mesmos a não ser quem não éramos na presença um do outro? Não existe uma culpa ou algo a atribuir, existe o fato que nossos caminhos chegaram em um momento de pegar cada qual sua própria estrada e seguir adiante. O único remorso é a ausência e a ausência é turbulenta e irritante. O que seriamos já não cabe, o que teríamos feito já não importa e o que viveríamos fica no subconsciente para relembrar mais tarde, em algum momento da nossas vidas, quando, por acaso um de nós, pegarmos uma antiga foto ou ouvir uma velha canção e lembrarmos de nossos velhos momentos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pantomima

Estive servo do Império por muito tempo
Afogado nas margens da mentira e opressão
Agora eu posso ver as verdades inventadas e manipuladas
E não vou me deixar calar por pedras e omissão.

A renovação vem da minha libertação
Dessa comunhão descontrolada de céticos.
Não desejo ser escravo dessa pantomima
que nos forçam a interpretar e calar.

Grito e sempre parece que nunca ninguém vai me ouvir
Me perco nos calabouços da miséria e degradação.
Parece que as mentes estão acomodados com o ferir
das vítimas do poder dos fortes através da corrupção.

Ao longe uma voz grita: "peguem suas armas"
Violência e Destruição por um nome de nação
Caos e miséria por estágios de devastação
Senhores da guerra, senhores da falta de coração.

Pantomima: Arte ou ato de exprimir ideias ou sentimentos por meio de gestos

domingo, 10 de abril de 2011

Miserável

Ando nas ruas em meio aos desgraçados
fumo meu cigarro para ficar aliviado
Ainda sinto o gosto do último trago
do Whisk vencido e barato

Percorro becos onde os ratos mortos festejam suas miseráveis vidas
com destilados e fumos roubados
Na garganta uma canção do Led embala minha embriagadez corrompida
a carne de segunda não satisfaz meu desejo abalado

Clamo poemas do velho promíscuo
choro na sarjeta dessa vida miserável
Odeio e amo as estrelas q vem coroar essa noite maldita
assassino a flor que está no meu caminho

Toda compaixão foi deixada de lado
Por um simples momento de abandono
Os olhos azuis me buscam na canção da meia noite
toda desgraça feita pela recusa de um amor.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tango

"Você dorme na minha cama no cômodo ao lado e talvez você já tenha esquecido o meu nome mas eu sei e meus pés que dançam sabem e a música sabe que eu quero te amar. E eu danço tango porque a rua Augusta só faz silêncio a essa hora e eu não consigo dormir com tanto silêncio. Eu danço para mostrar para a rua que pode haver tango e que pode haver você – com ou sem amor."



Fragmento retirado da peça Musicas para cortar os pulsos

segunda-feira, 4 de abril de 2011

requiém para uma vida

Rascunhos de uma vida. Seria o título perfeito para descrever o que vivo e o que provavelmente viverei até o dia do ato final dessa comédia desumana que é minha vida. Essa trágica comédia, me faz pensar nos sentidos das coisas, nos por ques, nas mazelas que são as pessoas de pouco coração, nas incertezas causadas pelas insatisfações, nos prazeres banais, na carne das putas dos becos imundos, no ato duvidoso daqueles que se autoproclamam senhores governantes de nações, nas misérias sofridas por decendentes escravos sem credo e sem cor...Me faz pensar e não chegar a conclusão alguma! Entre protestos e lamentações minha alma se dilacera, se faz em pedaços, se torna muitas e essas muitas tomam formas. Formas sombrias, formas de luz, formas carentes, formas egoístas....formas humanas! Essa é a condição, a condição de quem, como eu, vive intensamente, que não aceita sentir pela metade, se preocupar pela metade, falar pela metade. Aborrece-me ser pela metade, quando sou, não sou eu de verdade, apenas mais uma das formas de minha alma...essa é a condição de ter várias almas em uma. É o resultado do que sou, o resultado da vida que não escolhi, mas que é em mim, que é o reflexo, ora embaçado, ora nítido, do que somente sei ser: humano. Ser um ser humano é demasiado ser imperfeito. Aplaudo o palco da vida, gargalho junto com a plateia, choro nos atos dramáticos, finjo tão bem quanto os atores, amo tão impuramente quanto me amam...sou tudo que não desejo, mas na mesma proporção do que quero! Sou marionete nas mãos do Destino. Basta. Blasfémia, Destino não existe, já havia dito: "o destino é a ilusão para culpar" Qual é a culpa? Qual é o erro? Qual é o drama da vez? Qual é o seu tempo e qual é o meu tempo? O tempo, o único responsável pela paz, o único que podemos dizer: Amém! Rascunhos de uma vida, é um bom título para uma epitáfio qualquer.

domingo, 3 de abril de 2011

Ter para Si

As lágrimas são quentes
Os soluços são inaudíveis
A fé foi quebrada com as correntes
O tempo parou e eu fiquei.

Deus não está presente
O Diabo se faz ausente
O que resta é o refúgio
Da condição sonhadora humana.

Eu caminho sem destino
O destino é a ilusão para culpar.
Culpar é a maneira de aliviar
a falta de algo para auto-sustentar.

Ser é crer em si
Crer em si é não temer
Os males e bens em si

Aqui é o resultado das lágrimas
é o grito de silêncio das preces
é a fé aprisionada por preconceitos
é o tempo que vive rodeando o ser perfeito.