sábado, 18 de junho de 2011

Prelúdio de um amor

beija minha boca e cala-se. você não entende que eu não posso te esquecer, é difícil? Porra, com você o simples se torna complicado, nem sou eu quem falo, são seus amigos...eu só acho engraçado que eu não estou inventando nada, e nem querendo te prender, somente uma chance para poder ser feliz. Mas cara, você é realmente um babaca, que não vê o que te ofereço é somente o amor e você com esse medo idiota e infantil me deixa morto, morto como você fica alguns segundos após o seu orgasmo...se encontrar um outro alguém me avise, ou mande um e-mail vagabundo sei lá...sabe, to ouvindo Famme Fatale e bebendo vinho e pensando como as coisas não deverião ser complicadas...não mesmo...cara, eu grito que preciso te esquecer, mas na real, você vive dentro de mim e isso é foda! Me da um beijo e se quiser vai embora! leve na lembrança que eu te amo e me deixe as margens do rio da minha solidão.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sejamos

eu insisto em deixar você ser. se você não for tú mesmo, como vamos caber um no outro? como serei eu por inteiro então? sendo você por inteiro, eu também serei, e assim sendo, poderemos desfrutar das invariádas formas que temos e nunca cairemos na roda da monotonia. Mas não pense que se por algum motivo vão, deixarei de ser tudo o que sou, está enganado meu bem, sou do tipo pacote completo: luz e escuridão. não poderei deixar escapar nada que seja meu. peço que não se assuste com meus tormentos loucos e minhas necessidades de carência, sou feito assim: ao extremo. sou também como um gato, não me prenda, apenas conquiste minha confiança e lealdade, e a ti não faltará nada. quero de você tudo o que possa me oferecer, nada mais e nada menos. quero suas manhas infantis, sua bronca madura, sua mão amiga e seu corpo sedutor. quero tudo o que você puder me dar, e em troca, a reciprocidade será nossa companheira fiel. não vou concordar com tudo em você, como você também não irá concordar em suma comigo, mas o amor é desses: manter-se ao lado mesmo nas contradições. Portanto, peço com delicadeza: seja o o que és e assim não se assustará com o que sou.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

satisfação de viver com insatisfação

Sofro de uma insatisfação crônica, e não sei bem explicar isso, só sei que ela está ali. Nada contra ela, aliás, muito tenho que agradecer, pois, dela que nasce minha vontade de sempre procurar o que não é óbvio. Das noites eu provo o gosto amargo da solidão; dos dias busco o cheiro morno da estagnação; das tardes encontro o beijo da insatisfação. Uso do poema, dos contos, do pensamento e da escrita para me auto-favorecer, para que eu possa me caber nesse mundo cheio de hostilidade e hipocrisia. Não sou beato e nem pretendo ser, acho o cúmulo da bestialidade humana querer ser o modelo a ser seguido, o modelo correto para fins altruístas. Sou a antítese do que esperam de mim, porque na verdade eu não espero nada de quase ninguém - digo quase, porque há ainda nesse mundo quem vale a pena seguir e acreditar - espero o substancial de mim mesmo. Eu minto e não tenho a vergonha de dizer, como também não tenho vergonha de admitir que já defendi opiniões que com o tempo, se mostraram errada; não há coisa mais saborosa do que se descobrir que você estava errado. Gosto do que do que é real, palpável. "Ser realista é bem melhor do que fantasiar asneira do que a vida poderia ser". Concordo. Fantasiar é fácil, dar a cara a tapa para a realidade é tarefa de Titã para quem tem a ousadia de querer viver do que se é de fato. Viver de verdade. Mas o que é viver de verdade para outrem e para si próprio? Dai vem a insatisfação, cada qual deve lidar com sua própria e saber o que ela grita dentro de si. Não é fácil, não tem comodismo, exige uma força, uma natureza selvagem de se enfrentar tudo o que é dito correto e normal. Enfrentar os costumes causa fadiga, mas toda fadiga - como dor - tem uma pontinha de prazer. A insatisfação é o primeiro passo para o progresso interior. Tudo que o que tem que ser encontrado, deve ser procurado dentro de cada um.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vontade de você

quem sabe a gente ainda pode se encontrar
numa esquina ou numa mesa de bar
não há motivo para temer
esse sentimento mal não pode ter.

um dia desses eu te chamo para sair
ver um filme, tomar um café ou apenas rir
não há motivo para dizer não
essas coisas surgem pela vontade do coração.

eu ainda quero poder te beijar
para provar o mel que em seus lábios há
uma sensação, um arrepio pode acontecer
se você deixar o sentimento falar.

ainda quero ver você sorrir
um sorriso bobo para eu poder viver
mas com tudo isso eu só quero dizer:
que o amor por você é bonito de sentir.

domingo, 5 de junho de 2011

Leve

Estava frio aquela noite. O céu parecia querer derramam suas estrelas sobre a cidade de São Paulo. O frio percorria tudo e todos, mas naquela noite ninguém se importava com isso. No metrô esperando seus amigos chegarem Eduardo sentia a adrenalina de querer extravasar na noite. Os amigos, que eram dois, não demoraram muito e chegaram no horário marcado. Foram os três: Eduardo, Felipe e Diogo para uma boate GLS. A Boate estava vazia, mas o calor das poucas pessoas que ali estavam, aqueceram os três. Passaram se os minutos e as horas como segundos, a casa noturna encheu em pouco tempo e os três amigos já estavam familiarizados com o ambiente. Tomaram os primeiros drinks, alguma coisa com o nome engraçado de 'Balão Mágico' que continha rum, leite condensado e vodka e umas caipirinhas de limão com o bom e antigo ' velho barreiro'. Altos e alegres os três foram para pista de música eletrônica e dançaram desajeitados sem se importarem se havia forma correta de dançar aquelas batidas rápidas e psicodélicas. Eduardo dançava como se sentisse que o mundo fosse explodir depois da próxima música, não se importava com a grande quantidade que se formou na pista e nem com os esbarrões que levou, estava se divertindo como se fosse a última vez. A madrugada foi chegando sútil para os garotos e garotas que estavam em comunhão naquela noite. Todos bebiam, dançavam e beijavam. Eduardo decidiu sair do seu colapso e começou analisar todos que estavam no mesmo ambiente. Viu alguns garotos olhando-o de forma provocativa e olhou para outros com a esperança de beijar algum. Demorou um pouco para ser correspondido, mas não foi em vão: rapaz alto, camiseta regata, sorriso lindo, boné e alargador, aproximou-se sorrateiro de Eduardo e segurou a mão: o primeiro beijo da noite. Não houve outro com o rapaz de boné, porém, gravou cada segundo do beijo que levou a lua e saiu para 'caçar'. A casa está cheia, casais de namorados, pessoas avulsas, pessoas se entrelaçando, pessoas caídas e alguns em transe. A pista de baixo estava aberta, decidiu ir até lá e curti as músicas retrôs que tanto adorava. Clima anos 80, pessoas dançando e cantando, e mais garotos bonitos. Logo percebeu sendo observado e gostou: rapaz baixo, moreno, cabelo curto, lábios grandes: chegou dançando no ritmo de 'Like A Virgin' da madonna, envolveu seu corpo na frente do garoto e dançando até o chão o beijou. E o beijou durou algumas músicas...Se perdendo do segundo rapaz e voltando junto de seus dois amigos, Eduardo estava satisfeito com suas conquista e pretendia terminar a noite apenas dançando. Entretanto, mas um garoto o chamou a atenção: loiro, cara de surfistinha, sorriso inocente, olhos verdes, um verdadeiro príncipe: o beijou com sua alma e considerou o melhor beijo da noite. Passaram as horas, Eduardo tentou mais alguns garotos e acabou não conseguindo, porém, esperando a fila para pagar sua despesa, encontrou com um amigo do trabalho juntamente com um acompanhante. Conversa vai e vem, o acompanhante de seu colega de trabalho, faz implicidamente menção de querer beijar Eduardo; Eduardo mesmo alterado pelas tantas bebidas percebeu e atirou-se no seu novo 'colega'. Amanheceu o dia, Eduardo com seu novo ficante mais os três amigos decidiram ir embora, mas seu caminho foi mudado pelo rapaz, que o levou para casa. Chegando lá, fizeram o que tinha que ser feito e dormiram. Eduardo acordou com uma puta dor de cabeça, não sabia exatamente o que havia acontecido, se lembrava de flashs da noite passada e do que havia ocorrido dentro daquele quarto. Vestiu-se e por pura falta de pudor, saiu da casa do rapaz sem o acordar e ganhou novamente a rua. Olhou para o céu e percebeu que agora o mesmo desejava derramam o sol sobre São Paulo. Sorriu para si mesmo e todas as sua magoas que a tempo vinha carregando foi deixava na pista de dança. Acendeu um cigarro, deu uma tragada e sentiu-se leve.