terça-feira, 18 de outubro de 2011

Velha Forma

Sou a voz de um coração
que emite tons de uma canção.
Sou a velha forma de amor
que busca aconchego sem dor.

Parece-me que a dor
sempre em eminente
Emite retalhos de um calor
sombrio e consequente.

Vida que se faz em mim
Atribui ao nascer do crer.
Esperança com clamor não vejo assim
em olhos tristes de quem não consegue proteger.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Poema Mofado

Fuga de mim mesmo, não posso
Choro seco e grosso, o que tenho
Saudades que estanca a dor, não quero
Solidão que me domina, minha sina

Sangue parado nos olhos secos
Peito grita , o silêncio ecoa
Voz que cala, a triste aventura
Do que foi um dia o belo sonho

Uma dor; uma leveza; uma única sensação:
A que o tempo não perdoa os passos errados
Sonhos são migalha do que foram construídos
Pilastra feita de papel desmancha agora pelo chão

O soluço em meio ao gritar da madrugada
uma taça de vinho e mais fumaça de cigarro
Meia luz, sombra de sentimentos quimericos
O medo ao invés do alivio; do choro ao pigarro

O bolero acompanha o nascer do sol
A dança das rosas são canções de amor
O homem que fui, de braços abertos
Chora em seu travesseiro velho e mofado