domingo, 18 de setembro de 2011

Procura-se

Eu grito, procuro e não encontro você, meu amor. Aonde você está, que não é aqui do meu lado? Onde estão seus sorrisos bobos, que não são dados a mim? Quais a ruas que você percorre, sem minha presença? E sua dor de ausência que não é a minha? Eu ouço John Lennon pensando em você, que ainda não tem rosto e nem cheiro. Fumo cigarros e bebo coca-cola pensando em nossos planos que ainda não existem. Choro de saudades da sua presença que não conheço...fico procurando entre os passantes de diversas ruas, o seu rosto, sua maneira de andar e de se vestir, fico tentando escutar sua voz muda me chamar, mas não chama. Escrevo poesias bobas e cartas também, pensando em como simples dizeres em palavras quase bonitas vão poder te tirar um sorriso acanhado. Pergunto-te novamente, ser sem face, aonde você está, com o seu amor, seu calor, seu sexo, seu abismo? Aonde? Você, me procura também, nas estrelas e na lua, ao anoitecer? Você tenta me achar na rua, nas esquinas, nas canções, nos livros? Os livros que ainda não lemos juntos, estão nas prateleiras, acumulando pó e solidão, igualmente como nossos corações. Te suplico, me ache ou deixe que eu te ache, porque a vida sem o seu amor que ainda não provei é sem graça e sem sal. Enquanto nossas vidas ainda não se cruzaram, vou vivendo a pensar no seu sorriso que não conheço, no seu cheiro que vai ficar em mim que ainda não tenho e nos seus beijos que vou desejar imensamente que ainda não provei. Mas venha meu amor, porque a casa está fria e mofada.

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