segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cabelo Negro

Faço versos em mesa de bar
Faço olhando seus olhos densos
Danço na rua Augusta- e choro
Danço porque assim você me olha

Rio do seu cabelo negro bagunçado
e do seu sorriso de menino acanhado
e fico tímido- porque você me viu chorar
mas oras, qual homem não chora?

Então a gente se despede e tudo fica bem
As vezes a amizade dura, as vezes eu nem sei
Mas tudo que sei é que eu nada almejei

Toca na augusta em algum bordel, um tango
Acendo mais um cigarro e esquento a cerveja
Comemoramos a falta que temos- a gente dança
Gente feita para se acabar, tu e eu, menino

E eu me perco nos becos e ruas
mas continuo a rir do seu cabelo
Não por maldade e sim por admiração
Teus cabelos tão negros fazem os meus tão seus.

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