terça-feira, 22 de novembro de 2011

Carta

Olá,

        É estranho, depois de tanto tempo eu vim a escrever para você. Você nessa sua áurea toda de felicidade deve não compreender o motivo dessa minha súbita aparição por meio desta carta. Mas você sabe, eu sou estranho e faço coisas esquisitas. Tudo bem se você não me responder, e nem ao mesmo ler, esta na carta na verdade não tem remetente. Louco, não? eu sei. É que na verdade, eu preciso lhe dizer certas coisas, seja você 'ele' ou quem for, não importa. Fato é que estou um pouco perdido, um pouco só, e estou sem sentido, o que na verdade nunca tive. Então resolvi lhe escrever essas humildes palavras para dizer que não te amo mais. Que estou feliz por você. Não sinto mais o maldito recalque da troca e nem o desejo que seus planos e sonhos de amor eterno furem, isso eu consegui com muito trabalho, deixar para atrás. Caso queria saber, apesar das minhas inúmeras frustrações, indignações e desalentos continuo a acreditar em um mundo aonde as pessoas não sejam tão mesquinhas e idiotas. Alguns chamam de útopia, eu chamo de esperança, como você bem sabe. Queria também lhe falar que continuo com meus planos egoístas, de se tornar um escritor com certo renome e que nesse meio tempo, foram 4 meses, certo?, eu adquiri uma vontade enorme de dirigir filmes e fazer canções. Acho que você riu, sabendo do meu grande potencial vocal e da minha habilidade de coordenação motora para fazer algo ao mesmo tempo, como cantar e tocar violão; pois é, são vontades e ambições. Apesar dos empecilhos, acredito que eu possa pelo menos ser um escritor, nem que seja de blog. Mas até Frank Sinatra conseguiu ser um ícone da música depois de supostamente ter feito um filme pornô por cem dólares, porque não eu ser um escritor de renome? Agora você deve está pensando que sou abusado de me comparação com o querido Frank, mas deixa, nesse meu mundo particular de sonhos impossiveis eu sou o rei, ou não. Deixando de lado meus desejos, queria não mais pensar em você, mesmo não te amando. É inevitável, sabe? eu fiquei por minha escolha condicionado a pensar e a saber de você por longos 4 meses e não da para chegar do dia para a noite e dizer: 'não vou mais pensar nele e nem bisbilhotar a vida dele através das redes socias', simplesmente é impossível. Eu não quero te aborrecer com isso, provavelmente você irá sentir pena de mim e se lamentar também por mim. Credo, não quero ser digno da sua compaixão ou pena. Não a de galinha, só para constar. Basicamente é uma carta de despedida, com palavras de despedida. Certo, eu já havia falado antes por e-mail, telefonemas, tweets e tantos outros meios que eu nunca mais ia me manifestar para você e tudo aquilo, mas só que antes eu te amava e tinha uma necessidade de me fazer presente, só que agora não, é pra valer, menino. Eu continuo sendo o mesmo, com algumas coisas novas, mas sempre com os velhos sentimentos, com os velhos discos de Blues, com os grandes mestres como Bukowisk e Caio F.A, com a mesma fala embargada e tímida, com o mesmo jeito desleixado de andar e de se vestir, com os mesmos sonhos e sem o nosso sentimento. Esse ficou na gaveta das lembranças, onde eu consulto de vez enquanto para me lembrar de quando o seu sorriso era meu e quando o seu peito era meu esconderijo de mim mesmo. A vida segue com ou sem reticências (...)

com carinho, Adeus

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