quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mecânicos

Falta na mesa arroz e feijão,mas também falta amor e compreensão. A engrenagem se move, e somos peças fundamentais para o movimento consumista. Alguns tentam fugir dessa pantomima louca e sedutora, outros, na sua grande maioria, se deixam levar. Falta o espaço na mente para se pensar. Educar é preciso, mas não só o acadêmico, falta em suma, o gosto para o aprendizado, esse o mais importante: o humano. Faz-se de conta que é preciso aprender para ganhar, consumir. Enganan-se os que acreditam. A ordem geral é educar para competir, buscar a lacuna na sociedade para ganhar espaço no status, não para humanizar. E o humanizar não está presente no sentimento, é deixado de lado e é substituido pelo movimento 'esteja na moda' , 'use e abuse', 'destrua o verde, mas tenha', etc. A grande roda que nos cerca, o capitalismo selvagem, é um sistema eficaz em sua essência: lucro. Não importa o quê, mas passa por cima e faz-se onipresente no dia-a-dia de todos. Nos faz ignorar gente como a gente passando fome, carente de saúde, carente de educação humanizada, carente de verde, etc. O mundo tão competitivo e tão ameaçador, nos amança com facilidades que segundo o sistema, nos aproxima uns dos outros, mas que na grande verdade, nos afasta mais e mais. Abrace o sistema sem o perceber, ignore a criança ao seu lado, abandonada na rua, não se importe com a mata sendo desprezada, não se preocupe com seu filho na escola, corra, busque, assista, sinta-se bem, viva uma pseudofelicidade, o mundo, as pessoas, são meros mecanismos para se obter. Será?

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